A professora Célia Tavares (PT), candidata à Prefeitura de Cariacica, foi alvo de uma ameaça de morte em uma publicação nas suas redes sociais. O autor do comentário expressou o desejo de atirar na cabeça da candidata e lamentou não ter ovo podre para atacá-la durante uma atividade de campanha. O ataque ocorreu em meio ao seu trajeto pelo município, onde realiza diversas ações voltadas à promoção de suas propostas eleitorais.
Após o episódio, Célia Tavares registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Campo Grande, nesta quarta-feira (2). Além da ameaça explícita, a publicação continha insultos misóginos, incluindo o termo “vagabunda”. Em um primeiro momento, a candidata utilizou suas redes para relatar o que havia ocorrido e reafirmar que ameaças e agressões não a intimidariam, garantindo que seguiria com sua campanha normalmente.
O episódio de violência política contra a candidata chama a atenção para um problema cada vez mais frequente no cenário eleitoral brasileiro, principalmente contra mulheres. A legislação eleitoral, por meio do artigo 326-B do Código Eleitoral, classifica como crime ameaçar, humilhar ou assediar candidatas a cargos públicos. Essas práticas configuram violência política de gênero, um fenômeno que visa desestabilizar as candidatas e enfraquecer a participação feminina na política.
Denúncias de violência política contra mulheres podem ser formalizadas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem uma página dedicada ao tema para recebimento de relatos. A campanha de Célia Tavares e seus apoiadores destacaram a importância da denúncia e a necessidade de medidas efetivas para garantir a segurança e a integridade de todas as candidatas no processo democrático.
Foto: Redes Sociais / Célia Tavares