Crise hídrica em Jaguaré: Ales propõe ações emergenciais para garantir abastecimento

Crise hídrica em Jaguaré: Ales propõe ações emergenciais para garantir abastecimento

Em meio a mais uma crise hídrica no Espírito Santo, o município de Jaguaré enfrenta sérias dificuldades. O aumento populacional e as queimadas agravam a situação, enquanto as chuvas estão longe do esperado. Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), apenas 2% da média histórica de chuva para o mês de setembro foi atingida. Em resposta, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) criou um grupo de trabalho para formular propostas que visam mitigar os efeitos da estiagem e das queimadas em todo o Estado.

A visita do presidente da Ales, Marcelo Santos, a Jaguaré atendeu ao pedido do prefeito Marcos Guerra, que tem lidado com a pressão da população preocupada com a falta d’água. Durante a visita, Santos destacou a urgência de ações para apoiar os municípios.

“O que estamos vendo em Jaguaré se repete em várias partes do Espírito Santo. Precisamos agir imediatamente, com medidas emergenciais e um planejamento a longo prazo. A construção de grandes barragens é fundamental para garantir a sobrevivência da agricultura e o abastecimento das cidades”, afirmou Santos.

A crise é agravada pela situação do principal reservatório do município, a Barragem do Jundiá, que sofreu uma queda de mais de um metro e meio no nível de água. Produtores rurais, como Luciano Laquini, reivindicam uma legislação que facilite o licenciamento para reservação hídrica e preservação ambiental.

“Esperamos que o poder público desenvolva ações concretas e investimentos para a construção de novas barragens”, disse o produtor.

O deputado Fabrício Gandini, presidente da Comissão de Meio Ambiente, reforçou que o plano de ação precisa atender todo o Espírito Santo. “Precisamos de uma política hídrica eficiente para garantir o abastecimento e fortalecer a agricultura. A construção de grandes reservatórios e sistemas integrados de captação de água são essenciais para enfrentarmos crises cada vez mais frequentes”, afirmou.

Diante da gravidade da situação, a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) publicou a resolução nº 003/2024, determinando a redução de 20% do uso de água na agricultura, 25% na indústria e 35% para outros setores. Além disso, o governador destacou que a estiagem intensifica os focos de incêndio, com mais de cinco mil hectares queimados. Um novo sistema de monitoramento de florestas foi contratado para auxiliar no combate às queimadas e no controle da seca no solo.

A Ales, junto à Comissão de Meio Ambiente e ao Governo do Estado, continuará a discutir ações que possam minimizar os impactos da crise hídrica. O objetivo é garantir o abastecimento de água e preservar a agricultura, vital para a economia do Estado.

Foto: Divulgação

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